Contamos com a sua presença, no dia 25 de Julho, na Casa da Beira Alta, às 21h30.
"Neste livro,
procura-se a nossa razão de ser e a forma como nos tornamos
independentes.
Realça-se a importância dos seus homens mais ilustres e a
combinação ímpar da Alma Lusitana com o Sonho Templário.
Alcançado o
território que hoje compõe as nossas terras, partimos em demanda de
outras marés e demos novos Mundos ao Mundo.
Depois, o sonho perdeu-se
sob a alçada de gentes menores, com nomes pomposos de Venturosos, e os
dias tornaram-se aziagos, frios, doentios, e este país tornou-se um
desconsolo moribundo.
A Inquisição veio de mansinho, mas rapidamente
queimou, matou, matou e matou as entranhas seculares deste reino.
Reduziu a tenacidade do seu olhar confiante a cinzas escuras de uma
poeira volátil.
Toda uma bravura grandiosa passou então a acabrunhar-se
por dentro, no sentir mirrado de quem não sabia que alma tinha.
Foi o
maior monstro que alguma vez habitou entre nós.
E rapidamente a loucura
acometeu os nossos reis que não sabiam o que andavam a fazer.
Era tarde,
e o infortúnio a que nos expusemos inabilmente, nas areias de Marrocos,
ditaram o fim desse almejo áureo de um olhar firme, vestido com
roupagens de Futuro.
Os Reis de Espanha, na surdina do dia, às claras,
tomaram conta do país, pois essa foi a vontade do Inquisidor mor de um
porto já sem Graal.
Tinha-se perdido o sonho que fez nascer Portugal…"
(Rui Fonseca)