Vergílio Ferreira (1916-1996)
A Casa da Beira Alta e o Portugal Poético
prestam homenagem ao escritor
prestam homenagem ao escritor
Domingo, dia 31 de Janeiro, às 17h30
Este ano assinala-se o centenário
do nascimento do autor de «Manhã Submersa». Nascido em Melo, aldeia do concelho
de Gouveia, na região da Beira Alta, a 28 de Janeiro de 1916, Vergílio Ferreira
foi marcado na sua adolescência, pela emigração dos pais que, em busca de uma
vida melhor, emigraram para o Canadá. Sofrimento este descrito no obra «Nítido
Nulo». Aos 12 anos, e depois de uma peregrinação a Lourdes, ingressa no
Seminário do Fundão, onde fica até aos 18 anos. É a partir desta vivência que,
posteriormente em 1953, nasce uma das suas mais conhecidas obras «Manhãs
Submersas». Depois de sair do seminário acaba o curso liceal, no Liceu da
Guarda, e entra na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Em 1939
escreveu «O caminho fica longe», o seu primeiro romance. Um ano mais tarde,
licenciou-se em Filologia Clássica. Em 1942 publica o ensaio «Teria Camões lido
Platão?» e escreve «Onde tudo foi morrendo» que publica em 1944, ainda neste
ano escreve «Vagão J», que publica em 1946. Ano em que se casa com Regina Kasprzykowsky,
professora polaca que se encontrava refugiada em Portugal da guerra.
Após uma passagem pelo liceu de
Gouveia (onde escreveu o mundialmente conhecido romance «Manhã Submersa», corria o ano de 1953), fixa-se como docente em
Lisboa, leccionando o resto da sua carreira no Liceu Camões.
A 3 de Setembro de 1979 foi
feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
Em 1980, o realizador Lauro
António adapta para o cinema, o
romance «Manhã Submersa» e, Vergílio Ferreira interpreta um dos
principais papéis, o de Reitor do Seminário, contracenando com grandes vultos
da cena portuguesa, como: Eunice Moñoz, Canto e Castro, Jacinto Ramos e Carlos
Wallenstein. Em 1992 foi eleito para a Academia das Ciências de Lisboa. Ainda no
mesmo ano recebeu, pelo conjunto da obra, o Prémio Camões, o mais importante galardão
literário dos países da língua portuguesa.
Vergílio Ferreira morreu no dia
1 de Março de 1996, em sua casa, em Lisboa. O funeral foi realizado no
cemitério de Melo, sua terra-Natal e, a seu pedido, o caixão foi enterrado
virado para a Serra da Estrela.
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