Portugal Poético / 23 de Março
Subordinado ao
tema «Do Caos e Desconcerto do Mundo ao
Discernimento do Eu», decorreu no dia 23 de Março mais uma sessão de poesia
do ciclo «Portugal Poético», com sala cheia.
Após uma
saudação aos presentes e um agradecimento especial ao grupo Portugal Poético, o
elemento da Direção da CBA
lançou a interrogação de Hélia Correia em «A Terceira Miséria» - “…para que servem os poetas em tempo de
indigência?” – e fez um convite, inspirado num poema do poeta brasileiro José
Paulo Paes (1926-1998):
Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.
Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.
Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
Seguiu-se uma
breve introdução filosófica ao tema por Rui Fonseca. Depois foi um desfiar de
poemas e canções com evocações de Camões e Fernando Pessoa e leitura por
pessoas presentes de sua própria autoria ou de poetas escolhidos. Saliente-se a
participação entusiasta de algumas crianças e jovens.
Destaque ainda
para as interpretações do cantor brasileiro Arlindo Ricarte Jr (arlindoricarte@gmail.com) que encantou com a
leitura de um poema de cordel do nordeste do Brasil e com a interpretação da
canção «Bicho do Mato» do seu disco homónimo.
Sem comentários:
Enviar um comentário